Caso: como uma operadora pode reduzir o custo do uplink

September 20, 2023
Quality of Experience
Caso: como uma operadora pode reduzir o custo do uplink
A redução das despesas operacionais desempenha um papel importante nos negócios de um ISP, especialmente para aqueles que estão no estágio de desenvolvimento ativo e crescimento. Para cada item de despesa, seja desenvolvimento de infraestrutura ou marketing, há diferentes mecanismos de otimização; neste artigo, vamos falar sobre os custos de aluguel de uplink.

Em que consiste o custo de um uplink?

Com base nas estatísticas que coletamos sobre as operadoras de telecomunicações em todo o mundo, os principais protocolos que mais consomem tráfego sempre incluem:

  • serviços de streaming e hospedagem de vídeo (YouTube, Netflix);
  • redes sociais e mensageiros (WhatsApp, Instagram, Facebook);
  • serviços da Web.
É a partir do conteúdo de mídia, especialmente de vídeo, que se forma o aumento da carga no uplink do provedor, o que leva à necessidade de aumentar a largura de banda e pagar pela capacidade adicional do canal.

A porcentagem de custos para o aluguel do uplink é especialmente alta em locais onde não é tão fácil instalar um cabo de backbone devido à paisagem: por exemplo, em alguns países da América Latina, uma parte significativa do acesso à Internet é fornecida por backbones instalados no fundo do oceano, e o terreno é muito montanhoso para o desenvolvimento rápido e barato da infraestrutura de rede. Acontece que o proprietário do cabo submarino é quem define os preços do uplink.

cabos submarinos na América do Sul
Fonte: Mapa de cabos submarinos

Otimização por cache

Um provedor de serviços pode usar o armazenamento em cache de conteúdo para reduzir a quantidade de tráfego proveniente de um uplink. O cache de conteúdo é o processo de armazenamento de uma cópia do conteúdo de mídia em servidores mais próximos dos usuários finais.

Quando um usuário solicita um conteúdo que já foi armazenado no cache, o servidor retorna esse conteúdo do cache em vez de baixá-lo novamente do uplink. Isso reduz a quantidade de tráfego que passa pelo backbone e reduz a carga na rede.

É importante observar que as operadoras podem configurar o cache de forma independente apenas para o tráfego não criptografado, cuja participação está diminuindo constantemente e tende a ser minimizada. No caso de conteúdo de mídia, há duas opções de armazenamento em cache: fornecê-lo via CDN ou solicitá-lo ao próprio provedor de conteúdo. Nesse caso, você precisa ir diretamente ao TikTok/Meta/Google e assim por diante.

Um de nossos clientes na América Latina aproveitou essa mesma opção para reduzir os custos de uplink. A operadora utiliza o CG-NAT e o módulo de análise da VAS Experts, para que possa controlar habilmente o tráfego, reagir às mudanças e monetizar os dados analíticos.

Traffic speed by protocols

Se analisarmos a distribuição do tráfego na rede da operadora durante os horários de pico, veremos que 18% a 20% da largura de banda é ocupada por downloads de conteúdo no aplicativo TikTok. Nesse caso, é ainda mais do que o tráfego do YouTube. No relatório principal do host, vamos filtrar a lista pelo protocolo TikTok e ver todos os hosts e a velocidade do tráfego para eles:

TikTok Hosts

Para reduzir a participação do TikTok no canal e liberar recursos para outros protocolos por meio de cache, os especialistas técnicos do ISP iniciaram uma correspondência com a sede do provedor de conteúdo na China. Depois de fornecer capturas de tela do módulo de análise de QoE como justificativa para a necessidade de instalar um servidor de cache e prever seu dimensionamento, solicitaram a ativação do cache.

Dessa forma, a operadora planeja economizar até US$ 100.000 por ano.

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